Câncer Bucal – Parte 2

O tratamento em pacientes com tumores na cabeça e pescoço, ou naqueles com doenças hematológicas que serão submetidos a altas doses de quimioterapia ou a transplantes de medula óssea deverão passar primeiro pela avaliação do cirurgião dentista.

Segundo o Dr.Helio Tanimoto responsável pelo Departamento de Odontologia do Hospital de Câncer de Barretos, as pessoas que serão sometidas a quimioterapia ou transplantes deverão remover todos os processos infecciosos antes de iniciar o tratamento oncológico, como disse o Dr.Tanimoto:” Procuramos remover todos os processos infecciosos para que a boca, que é um grande foco de bactéria, esteja saudável”.

O tratamento preventivo consiste em orientação da higienização bucal, profilaxia, tratamento de cáries e de gengiva e exodontias, com isso é possível diminuir os efeitos colaterais de tratamentos oncológicos na região bucal, como xerostomia(falta de saliva), mucosite, carie de radiação o osteorradionecrose, alteração nos vasos sanguíneos que faz com que o osso seja menos irrigado e fique mais vulnerável a infecção.

“A radioterapia na cabeça e pescoço e alguns quimioterápicos agridem muito a mucosa da boca, deixando o paciente mais susceptível a úlceras e infecções sistémicas serias, que podem levar ate a morte” adverte Tanimoto.

Além disso, as caries podem se desenvolver muito rapidamente. “O controle evita, portanto, uma serie de complicações futuras”

Isso vale também para as crianças que chegam ao hospital.

Segundo a cirurgiã dentista Karina Silva Moreira Macari, especialista em Odontopediatria” Todo menor de idade passa pelo nosso departamento e inicia a radio ou quimioterapia com a boca saudável. Além disso elas são acompanhadas durante e depois de finalizado o tratamento, devido aos efeitos tardios” e continua a Dra. Karina:””É um trabalho extremamente importante, porque se uma criança com baixa defesa imunológica tiver uma infecção bucal pode não resistir e morrer”.

Outro problema é a diminuição da produção de plaquetas, comum nos pacientes em tratamento, que pode causar sangramento e hemorragia gengival. Por isso é importante reforçar a higiene oral durante todo o período em que estão no hospital.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer(INCA), o Brasil é o país da América Latina com maior incidência de câncer da boca, quarto tipo de câncer mais comum em homens e sétimo em mulheres.

A taxa media de sobrevida é de cinco anos, sem aumento nas últimas décadas devido à desinformação e falta de diagnóstico precoce.

O câncer bucal é mais frequente em homens com mais de 40 anos que fumam e ingerem bebida alcoólica. “A prevenção é fundamental. Quando os sintomas aparecem a doença pode já estar avançada” adverte Tanimoto.

Fonte: Revista do CROSP

 

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