A odontologia sempre foi vista como uma profissão estética onde o sorriso é fundamental.
Ter os dentes alinhados e brancos, nos dias atuais, é quase uma obrigação, os padrões de beleza são extremamente rigorosos e somos bombardeados diariamente com noticias sobre como atingir a tão sonhada “beleza” através de tratamentos miraculosos.
Entretanto nos esquecemos de que a beleza só é completa quando esta acompanhada de SAÚDE!
E quando falamos em saúde bucal temos que lembrar que ela representa a completa harmonia entre a saúde dos dentes e da gengiva.
Uma boca sem caries e sem doença periodontal é sinônimo de saúde.
Entretanto devemos ressaltar que existem, dentro do quadro de doenças infecciosas, algumas graves, e que o profissional tem o dever de identificar com rapidez evitando assim problemas maiores que podem levar o paciente ate o óbito.
Uma destas doenças é a angina de Ludwing uma infecção causada principalmente pelos molares inferiores.
Esta doença foi descrita em 1836 e tinha uma mortalidade de mais de 54%.
Nos dias atuais com a prática de higiene bucal muito apurada sua incidência é reduzida, porem ainda é muito frequente, principalmente entre pacientes com comprometimento sistêmico.
A sintomatologia típica inclui aumento de volume na região cervical, edema do assoalho lingual, profusão lingual e febre entre outros.
Sua evolução é rápida podendo colocar em risco a vida do paciente, seja pela obstrução das vias aéreas ou pela disseminação da infecção.
Pacientes mais susceptíveis a Angina de Ludwing são os pacientes com comprometimento sistêmico como doentes de AIDS, alcoolismo, desnutrição, diabetes mellitus ou anemia entre outros.
O tratamento é em nível hospitalar e gira em torno de quatro atitudes:
1-manutenção das vias aéreas,
2-incisão e drenagem
3-antibioticoterapia
4-eliminação do foco infeccioso original.
E importante lembrar que o dentista devera reconhecer e encaminhar com urgência o paciente para atendimento hospitalar.