Existem em nós, seres humanos, medos que nos acompanham desde sempre, sem ter claro a sua origem. Duas regiões cerebrais administram, em conjunto, o medo e a ansiedade, assim, em situações perigosas, o hipocampo compara experiência e o córtex pré-frontal integra informações sensoriais, emocionais e culturais para formular planos de ação em casos de emergência.
Entre os tantos medos estão os conhecidos: compulsão, ansiedade, depressão e a agorafobia ou medo do medo, mas claro que não podemos deixar de fora o medo de dentista.
Foi realizado um trabalho sobre o tema e publicado na Revista de Odontologia da UNESP com o objetivo de estimar a prevalência de ansiedade ao tratamento odontológico, o que foi observado em 95% dos pacientes, a maioria do sexo feminino.
Deste índice podemos dizer que 16,7% mostraram uma ansiedade exacerbada.
Todo tratamento odontológico gera medo e ansiedade e o motivo pode ser por tratamentos anteriores mal sucedidos, por transmissão de experiências de pessoas próximas a nós ou por insegurança ante o desconhecido, mas com certeza, todos estes aspectos se traduzem como barreiras importantes para a conservação da saúde bucal fazendo que os pacientes lembrem-se do dentista somente perante a dor.
O diagnóstico de ansiedade deve ser realizado o mais precocemente possível por parte do profissional porque será o fator determinante no processo de manutenção da saúde bucal do seu paciente. Neste contexto, a educação do mesmo é fundamental ensinando técnicas de motivação para saúde bucal como uma escovação bem feita e a importância da periodicidade de 6 meses para retorno ao consultório odontológico como prevenção de problemas de saúde bucal.
